Após alguma pressão subtil e diversificada, submeto-me ao evidente desabafo na minha língua paterna e da qual sofro de alguma dislalia, segundo entendidos e não hesitem em corrigir-me se me equivoco na classe exacta e representativa da minha disfunção da fala.
Foram alguns os meses em que perdurou a minha resistência em manifestar-me no idioma de Camões, contudo, isto não se deve a uma casmurrice minha, mas sim a um simples sentimento. Sim, aquele aspecto da essência humana que acompanha todas as nossas vivências e do qual incontornávelmente não nos conseguimos desvincular. A razão exige que a minha expressão se dê no idioma que mais domino, contudo, nos últimos dias e em momentos subtis de pouca estimulação extrapreceptiva a não ser a do meu metabolismo cerebral em stand-by, tentei procurar uma resposta para a minha tendência de escrever, quando me designo como I.M.H., na língua de Shakespeare. Obviamente que não estava à espera de encontrar uma resposta absoluta e inequívoca que representasse a verdadeira razão única e pura desta minha atracção...no entanto, vários aspectos se evidenciam. Este blog, mesmo que tenha uma grande vontade de racionalizar aspectos associados à emoção, baseia-se essencialmente sobre as minhas emoções asssociadas a percepções que tenhode vários aspectos e momentos da minha futil existência quotidiana (futil: não num sentido de “coitadinho, ninguém me liga”, mas sim num sentido de somos mesmo um grão de areia neste deserto e não me acho minimamente mais relevante que qualquer outro ser humano...somos todos contínuos existenciais – as tais esferas elípticas - com relevância presente e extemporânea, mas tudo restabelece a sua homeostase, como ou sem a nossa presença. Vive-se na esperança da imortalidade, porque não nos conseguimos conceber como seres finitos). Continuando: Todas as minhas experiências iniciais de consciencialização de emoções e tomada de conhecimento das mesmas, deram-se, numa fase de intensa comunicação em Inglês sobre estes aspectos. Simultaneamente, toda a musica que ouvia e ouço (de origem anglo-saxonica em 99,99% das vezes) transpõem-se em projecções de descoberta e sustento existencial...esta tornou-se essencial para o respirar deste espaço. Há ainda um terceiro aspecto, que não deixa de ser um dos mais relevantes: todas as pessoas, que vivem em outros países sem ser Portugal e que não falam Português e às quais também quero que cheguem estas palavras. Irremediavelmente, o Inglês é a actual língua mundial (acho que universal é demasiado egocêntrico como classificação), sendo a única forma de conseguir fazer chegar estas minhas palavras a TODOS...porque não somos nós os únicos...e sinceramente, porque gosto de escrever em inglês.
No entanto, não quero deixar de agradecer e enaltecer o esforço de alguns, em que mesmo contrariados, tentam chegar e compreender os posts que aqui publico.
Obrigado por lerem....
X.
P.S. – Sinto que as minhas palavras não atingem a mesma intensidade...sinto...que poderei racionalizar relativamente a isso: simplesmente sinto!